lunes, 26 de abril de 2010

Os problemas da UNASUL

Os problemas da UNASUL

O dia 4 de maio de 2010 vai se reunir, em Buenos Aires, a cúpula da UNASUL, sob a Presidência pro tempore do Equador, na pessoa de Rafael Correa, para eleger o seu Secretário-Geral.

O Governo argentino pretende impor, para esse cargo, o nome de Nestor Kirchner, ex-Presidente da República, agora Deputado federal e marido d Presidente da República, Cristina Fernández.

Até agora, acredita-se que ele têm o voto do próprio Equador, do Brasil, da Bolívia, do Peru, do Chile e da Venezuela, é claro. A ditos países haveria se juntado o Uruguay, com a tomada de posse, como Presidente da República, do José "Pepe" Mujica, que visa, assim, melhorar as relações com a Argentina, prejudicado pela crise causada pela construção de uma fábrica de celulose no binacional rio Uruguai.

Se a nomeação de Kirchner tivesse sucesso, a UNASUL iria a deslocar a sede da sua Secretaria de Quito para Buenos Aires, para amenizar a vida diária do eleito.

Ainda há dúvida sobre qual vai ser a posição da Guiana e do Suriname, e acredita-se que a Colômbia eo Paraguai seriam contra; isso impediria o sucesso da operação, uma vez que o Tratado da UNASUL exige a unanimidade.

Mas vamos ao analise dos problemas que a designação do Kirchner levaría para issa organização, ainda jovem, de países sul-americanos. Eles têm três origens: legal, moral e político.

O primeiro é que, curiosamente, o Congresso da Argentina ainda não ratificou o Tratado da Unasul, e este processo encontra-se tambem pendente em quase todos os países da região; apenas a Bolívia, a Guiana, a Venezuela e o Equador aprovaram-lhe. Esta lista deve dar uma idéia sobre a "cor" que o interesse do Chávez visa dar à organização com a indicação do Kirchner. Isso leva à segunda fonte de problemas.

Na Argentina, um escândalo estourou recentemente, porque veio à luz a rede de negocios mafiosos que tem a ligação dos Kirchner com o Chávez, montado sobre o tráfico de dinheiro, influência, bens e petróleo, todos eles geradores duma imensa riqueza para os envolvidos. Lembre-se, por exemplo, o caso da mala com 800,000 dólares que, transportados em um avião oficial argentino, chegou a Buenos Aires e foi apreendido pela Alfândega; segundo todas as fontes, o dinheiro iria ser destinado por Chávez à campanha eleitoral de Cristina Fernandez de Kirchner.

Além disso, Kirchner quer o trabalho para obter protecção jurídica internacional, pois ele poderia ser condenado pela Justiça argentina em um futuro não muito distante. Ao mesmo tempo, pretende manter gravitando a sua influência política gravitando na Argentina, pois ele serve, de fato, o Ministério da Economia de seu país, bem como visa obter a candidatura para as eleições presidenciais de outubro próximo.

E a terceira fonte de problemas da UNASUL, o político, é devido à forte influência de Chávez na organização, com o apoio do arco composto por o Equador, a Bolívia e a Argentina.

Em uma recente materia, eu descrevi os riscos que a entrada da Venezuela no MERCOSUL, já autorizada pelo Brasil, vai trazer para a aliança dos quatro países da bacia do rio Paraná.

Por tudo isso, o Brasil debe-se contra à nomeação de Kirchner como secretário-geral da UNASUL, uma vez que nega os seus interesses nacionais, tanto jurídica como moral e politicamente.

Bs.As., 26 Abr 10
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